26 junho, 2007

Estrela de Rádio Armidelense

Para vocês que sempre perguntam quando é que o programa de rádio vai entrar no ar, a resposta ainda é a mesma: eu ainda não sei, mas tá perto. Enquanto isso eu continuo gravando os programas. Até agora tem dois que estão prontos e amanhã vou gravar mais outro. Acho que o programa vai entrar no ar quando estivermos no Brasil.

Manu foi lá no sábado e o que ela mais gostou foi desse telefone verde.

O programa radiofônico se chama "Let's go Latin" e vai ser transmitido pela rádio comunitária. Vou ver se gravo os programas e faço um podcast deles.


Para selecionar as músicas pro programa eu faço uma playlist no ipod e o conecto direto na mesa de som. Estou pensando também em transmitir o primeiro strip radiofônico do planeta, quando eu estiver mais safo com os controles da mesa de som.

24 junho, 2007

Uma história dos Ximenes

Outro dia encontrei uma história muito interessante sobre os Ximenes que vieram ao Brasil no site do primo Ximenes Filho Gênesa da família Ximenes (coloquei o link do site ai do lado direito também porque vale a pena visitar o site!), que aqui reproduzo.


Saindo de Lisboa em 1° de abril de 1585 a nau Santiago, com destino para índia, vindo a naufragar em 19 de agosto do mesmo ano, a 22 graus e 1/3 distante sete ou oito léguas do baixo da Índia, pelo lado do nordeste, tendo como capitão-mor Fernão Mendonça; piloto Gaspar Gonçalves; mestre Manuel Gonçalves. A nau transportava 450 pessoas, e centenas delas perderam suas vidas, salvando-se entre outros os irmãos Gaspar Ximenes e Fernão Ximenes, “Os quais eram dois homens muitos honrados e naturais de Lisboa, e tinham muitos amigos na lancha” que por muito custo chegariam, com alguns náufragos na praia que ficava a mais de cento e vinte léguas do local do naufrágio.

O nome desses dois irmãos figura na história por terem dado o mais comovedor exemplo de amor fraternal.

Após o naufrágio, muitas pessoas foram para o barco salva-vidas e o comandante do bote reconheceu ser indispensável lançar ao mar 17 pessoas, porque o barco poderia afundar por casa do peso em excesso. O comandante do barco salva-vidas era Duarte de Melo, e as vítimas eram designadas por homens de confiança de um religioso franciscano Thomas Pinto. Algumas das vítimas que sabiam nadar, tentavam subir no barco, mas alguns dos que ficaram dentro do barco decepavam-lhes as mãos com as espadas implcavelmente. Salvaram-se, em uma lancha, 57 pessoas que sofreram as maiores inclemências e privações.

Foi então que se deu um caso extraordinário de amor fraternal que ficou célebre através dos tempos. Na barco salva-vidas iam Fernão Ximenes e Gaspar Ximenes, irmãos e naturais da freguesia de São Cristóvão de Lisboa onde tinham sido criados. Como sem qualquer razão nenhum deles foi sacrificado pelos terríveis juízes, produziu-se entre os náufragos um movimento de protesto, alegando que era uma barbaridade serem sacrificados homens que eram o amparo de suas famílias, e que ficassem a bordo dois irmãos, um dos quais, podia ser lançado ao mar. Em face deste protesto, os juízes executores, que eram quatro, não esperaram que os ânimos se acirrassem mais; lançaram mãos a Gaspar Ximenes, que era o mais velho e menor de corpo, para jogá-lo na água quando Fernão que era mais magro, agarrando-se a ele com todas as forças que o desespero lhe dava, gritou, chorou e suplicou a Duarte de Melo, que o sacrificado deveria ser ele, já que seu irmão Gaspar era o mais velho e, por isso, iria fazer às vezes de pai de suas irmãs e amparo de sua mãe. Dito isso e sem mais delongas se jogou ao mar, mostrando uma coragem e uma frieza de ânimo que assombrou a todos.

Gaspar Ximenes, salvo pelo irmão, chorava e suplicava aos seus companheiros de infortúnio que se apiedassem do heróico moço, mas as suas súplicas não encontraram eco.

Enquanto isso, Fernão Ximenes refugiara-se com os outros náufragos em uns penedos, mas logo depois tornou-se a lançar-se ao mar já que esta era sua única salvação. Nadou vigorosamente atrás do barco salva-vidas durante três horas. Seu irmão, vendo-o condenado a uma morte horrível, redobrava as súplicas, que já iam importunando os mais egoístas da companhia, sendo preciso que alguém o aconselhe-se em voz baixa que sufocasse a sua dor, para não correr o risco de ser também lançado ao mar. Por fim, pôde mais que as lágrimas e as rogativas de Gaspar a intrepidez de Fernão, que começou a abalar o ânimo de alguns dos náufragos que seguiam a sua luta desesperada pela vida. Num dado momento, alguns do homens que acompanhavam a saga de Fernão e não podendo suportar por mais tempo a crueldade daquele espetáculo, gritaram que se recolhesse o infeliz nadador, que talvez nisso não houvesse perigo para os outros, e que só fosse abandonado à sua sorte se efetivamente se reconhecesse absoluta urgência de o fazer.

Este movimento de compaixão foi tão eloqüente e tão espontâneo, que os menos inclinados à piedade não puderam resistir-lhe, e disse-se então a Fernão Ximenes que subisse para a lancha. Mas ele é que já não o podia fazer, porque estava extenuado, e foi preciso estender-se um chuço, a que se agarrou, para o recolher a bordo quase desmaiado. Mais alguns instantes decorridos, e o heróico mancebo seria tragado pelo mar. O barco chegou no litoral a 29 de agosto de 1585.

Esta história tornou-se célebre. Os náufragos sobreviventes contaram-na diversas e diversas vezes, e o nome dos irmãos Ximenes notabilizou-se, não só em Portugal, como também no estrangeiro, onde esse episódio foi narrado em vários livros e músicas como:

  • “A chusma salva-se assim” letra e música de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias nascido 26 de novembro de 1948, em “Crônicas da terra ardente - 1994”;
  • História Trágico-Marítima, Bernardo Gomes de Brito 1688-1759, 6 volumes;
  • Miscelânea, diálogo II, pág. 38 e 39, de Miguel Leitão de Andrada, 1867;
  • Enciclopédia Histórica de Portugal, volume XII, de Duarte de Almeida, pág. 343 a 345;
  • História Trágico-Marítima, volume III, pág. 84 a 88, de Bernardo Gomes de Brito 1688-1759, veja também Relação do naufrágio da nau Santiago, escrita por Manuel Godinho Cardoso, pág. 84 a 88.
Querem saber mais histórias da família Ximenes? Então acessem o site do primo Ximenes Filho. Se vocês tiverem fotos ou outras histórias, vale a pena entrar em contato com o primo, já que ele tem em livro toda a genealogia da família. Foi o primo Ximenes Filho quem mandou a foto dos tataravós publicada no post anterior.

18 junho, 2007

Fotos do tataravô Coronel Joaquim Ximenes com sua esposa

O primo Francisco Ximenes Filho, que administra a parte genealógica da família Ximenes (Gênese dos Ximenes de Aragão) me mandou, recentemente, uma foto do meu tataravô com a minha tataravó. Eles são os avós da vovó Diva.

Essa foto foi entrega ao primo Ximenes Filho pela prima da vovó Diva, chamada irmã Leonilda.

Então Ximenada, façam o favor de mostrar essa foto pra vovó.

Tataravô Coronel Joaquim Ximenes com sua esposa

16 junho, 2007

Informação aos viajantes

Manu e eu estamos nos preparando para a nossa ida ao Brasil em julho. Em particular, estávamos vendo as quota de bebidas alcoólicas para os viajantes chegando ao Brasil e ficamos bastante felizes com o que vimos. Vejam aqui o trecho extraído do site da Receita Federal:

"Além do limite global de U$ 500.00, as mercadorias adquiridas nas lojas francas estão sujeitas aos seguintes limites quantitativos:
24 unidades de bebidas alcoólicas, observado o quantitativo máximo de 12 unidades por tipo de bebida"
Será que um barril de uísque conta como uma unidade?

O problema é quando voltarmos para a Austrália, onde cada viajante só pode trazer 2,25 litros de birita. Acho que a nossa quota vem toda de cachaça.

14 junho, 2007

Casamento de Igor José com Tabada Melissa

Como diz o convite ai em cima, finalmente Igor e Tabada estão casando!! Nós aqui da Austrália desejamos muitas felicidades aos noivos, e que o casamento por procuração de vocês seja tão bom quanto o nosso. Mãe e pai, aproveitem a lua-de-mel. Afinal de contas, depois de todo o trabalho de ir ao Fórum e assinar os papéis, nada mais justo que curtir a lua-de-mel!!!

Resta agora saber se Tiago vai seguir a tradição iniciada pelos tios Gil e Marta.

09 junho, 2007

Programa de rádio

Hoje pratiquei o que pode vir a ser o meu terceiro programa de rádio na 2ARM - Armidale Community Radio. Precisamos treinar fazer o programa por cera de 6 horas antes do primeiro ir pro ar. O nome do programa que vou apresentar é "Let's go Latin". Nele faço uma seleção de músicas latinas que encontrei por aqui. Lógico que tem um monte de MPB, bossa nova, e vou colocar até um blues etílicos no próximo programa. Mas a idéia é fazer um programa mais cool, ou seja, não pode nem arrocha, nem pagode e nem axé.

Fazer um programa de rádio não é tão fácil quanto parece. Um problema para mim é conseguir articular as palavras em inglês de forma clara (o sotaque latino é o charme do apresentador), mas as vezes eu penso mais atenção na forma de falar do que no conteúdo e acabo me atrapalhando um pouco. Mas melhorei bastante desde o primeiro programa e assim que tiver uma versão do programa faço um podcast e aviso aqui no blog em primeira mão.

08 junho, 2007

Clima australiano

Desde ontem está uma tempestade aqui em New South Wales. No Hunter Valley (norte de Sydney), a tormenta está a toda. Em New Castle tem um navio encalhado na praia com risco de se se partir por causa das fortes ondas. Outros dois quase encalharam mas, felizmente, conseguiram ir em direção ao mar aberto. E a previsão é de ventos de mais de 100 km/h hoje a noite.

Aqui em Armidale tem chovido a três dias e hoje, em particular, fez bastante frio, com a máxima chegando a 10 graus e a mínima -3.