Manu foi lá no sábado e o que ela mais gostou foi desse telefone verde.
O programa radiofônico se chama "Let's go Latin" e vai ser transmitido pela rádio comunitária. Vou ver se gravo os programas e faço um podcast deles.
... e o que a gente anda fazendo em Alexandra Hills
Saindo de Lisboa em 1° de abril de 1585 a nau Santiago, com destino para índia, vindo a naufragar em 19 de agosto do mesmo ano, a 22 graus e 1/3 distante sete ou oito léguas do baixo da Índia, pelo lado do nordeste, tendo como capitão-mor Fernão Mendonça; piloto Gaspar Gonçalves; mestre Manuel Gonçalves. A nau transportava 450 pessoas, e centenas delas perderam suas vidas, salvando-se entre outros os irmãos Gaspar Ximenes e Fernão Ximenes, “Os quais eram dois homens muitos honrados e naturais de Lisboa, e tinham muitos amigos na lancha” que por muito custo chegariam, com alguns náufragos na praia que ficava a mais de cento e vinte léguas do local do naufrágio.
O nome desses dois irmãos figura na história por terem dado o mais comovedor exemplo de amor fraternal.
Após o naufrágio, muitas pessoas foram para o barco salva-vidas e o comandante do bote reconheceu ser indispensável lançar ao mar 17 pessoas, porque o barco poderia afundar por casa do peso em excesso. O comandante do barco salva-vidas era Duarte de Melo, e as vítimas eram designadas por homens de confiança de um religioso franciscano Thomas Pinto. Algumas das vítimas que sabiam nadar, tentavam subir no barco, mas alguns dos que ficaram dentro do barco decepavam-lhes as mãos com as espadas implcavelmente. Salvaram-se, em uma lancha, 57 pessoas que sofreram as maiores inclemências e privações.
Foi então que se deu um caso extraordinário de amor fraternal que ficou célebre através dos tempos. Na barco salva-vidas iam Fernão Ximenes e Gaspar Ximenes, irmãos e naturais da freguesia de São Cristóvão de Lisboa onde tinham sido criados. Como sem qualquer razão nenhum deles foi sacrificado pelos terríveis juízes, produziu-se entre os náufragos um movimento de protesto, alegando que era uma barbaridade serem sacrificados homens que eram o amparo de suas famílias, e que ficassem a bordo dois irmãos, um dos quais, podia ser lançado ao mar. Em face deste protesto, os juízes executores, que eram quatro, não esperaram que os ânimos se acirrassem mais; lançaram mãos a Gaspar Ximenes, que era o mais velho e menor de corpo, para jogá-lo na água quando Fernão que era mais magro, agarrando-se a ele com todas as forças que o desespero lhe dava, gritou, chorou e suplicou a Duarte de Melo, que o sacrificado deveria ser ele, já que seu irmão Gaspar era o mais velho e, por isso, iria fazer às vezes de pai de suas irmãs e amparo de sua mãe. Dito isso e sem mais delongas se jogou ao mar, mostrando uma coragem e uma frieza de ânimo que assombrou a todos.
Gaspar Ximenes, salvo pelo irmão, chorava e suplicava aos seus companheiros de infortúnio que se apiedassem do heróico moço, mas as suas súplicas não encontraram eco.
Enquanto isso, Fernão Ximenes refugiara-se com os outros náufragos em uns penedos, mas logo depois tornou-se a lançar-se ao mar já que esta era sua única salvação. Nadou vigorosamente atrás do barco salva-vidas durante três horas. Seu irmão, vendo-o condenado a uma morte horrível, redobrava as súplicas, que já iam importunando os mais egoístas da companhia, sendo preciso que alguém o aconselhe-se em voz baixa que sufocasse a sua dor, para não correr o risco de ser também lançado ao mar. Por fim, pôde mais que as lágrimas e as rogativas de Gaspar a intrepidez de Fernão, que começou a abalar o ânimo de alguns dos náufragos que seguiam a sua luta desesperada pela vida. Num dado momento, alguns do homens que acompanhavam a saga de Fernão e não podendo suportar por mais tempo a crueldade daquele espetáculo, gritaram que se recolhesse o infeliz nadador, que talvez nisso não houvesse perigo para os outros, e que só fosse abandonado à sua sorte se efetivamente se reconhecesse absoluta urgência de o fazer.
Este movimento de compaixão foi tão eloqüente e tão espontâneo, que os menos inclinados à piedade não puderam resistir-lhe, e disse-se então a Fernão Ximenes que subisse para a lancha. Mas ele é que já não o podia fazer, porque estava extenuado, e foi preciso estender-se um chuço, a que se agarrou, para o recolher a bordo quase desmaiado. Mais alguns instantes decorridos, e o heróico mancebo seria tragado pelo mar. O barco chegou no litoral a 29 de agosto de 1585.
Esta história tornou-se célebre. Os náufragos sobreviventes contaram-na diversas e diversas vezes, e o nome dos irmãos Ximenes notabilizou-se, não só em Portugal, como também no estrangeiro, onde esse episódio foi narrado em vários livros e músicas como:
"Além do limite global de U$ 500.00, as mercadorias adquiridas nas lojas francas estão sujeitas aos seguintes limites quantitativos:Será que um barril de uísque conta como uma unidade?
24 unidades de bebidas alcoólicas, observado o quantitativo máximo de 12 unidades por tipo de bebida"