Chuva de granizo

Para aqueles que ainda não sabem, estou dando aula prática de biologia (biologica celular, botânica e ecologica de planta - Agora sinto falta das aulas que eu filei de botânica...) e na última quinta-feira foi a única aula de campo que tivemos. As outras aulas foram todas no laboratório vendo tudo no microscópio. O 'campo' que usamos é o campus aqui da UNE, onde tem um riachinho com plantas nas margens e, pra variar, um monte de eucalipto. Enfim, enquanto andávamos pro campo, começou a se formar uma tempestade elétrica daquelas de deixar cabelo em pé (não estou brincando!). Mas guerreiros que somos continuamos o nosso caminho. Fiquei responsável por falar sobre as carpas que têm no riacho e uma planta invasora do meditterrâneo que eu não sei o nome em português (para os curiosos, em inglês é hawthorn). Enfim, como era de se esperar, 30 minutos depois que nos acomodamos na beira do riacho, começou a chover bem grosso e foi um negócio de aluno correndo pra tudo que é lado.

Um dos coordenadores da disciplina tinha nos instruído o seguinte: "Se chover prendam os alunos o maior tempo que vocês conseguirem, já que o máximo que pode acontecer é ficarem todos molhados". Como vocês podem perceber, não tive muito sucesso e, não satisfeito só em mandar um monte de água do céu, São Pedro congelou-as e, 5 minutos depois começou a chover granizo (e não granito)! Cairam umas pedras grandes, mas não deu pra matar ninguém. Pelo que pude contar, entre mortos e feridos salvaram-se quase todos. Resultado, em menos de 2 horas cairam 25mm de água! Isso é bastante água, ainda mais pros padrões daqui.